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LITERATURA

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"Quando nos deparamos com os candangos que iniciam Chão Submerso, descobrimos junto deles uma Brasília quase inédita, escondida nas entrelinhas das manchetes de sua inauguração cheia de pompa.

 

Os acontecimentos ora são verdadeiros, juntados de pesquisas e histórias da construção da capital; ora simplesmente frutos da astúcia narrativa de quem criou uma atmosfera que vai além do imaginário brasiliense.

 

Júlio Barradas cria um narrador que se repete, que senta conosco e nos presenteia, indo e vindo, reforçando as mazelas e as identidades de suas personagens, revelando as cruzes que são também nossas numa potente espiral, sem reservas ou estratagemas obscuros – no entanto, repleto de artimanhas generosas.

Uma narrativa astuta que alterna entre os tempos da jornada, passado e presente, sem perspectiva alguma de futuro. Homens e mulheres que buscaram fugir de suas sinas, mas se viram submersos pela vontade imperiosa do destino".  

 

 Ludmilla Oliveira Santos

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